O cartão de crédito já é extremamente popular entre os brasileiros, assim como no resto do mundo. Mas existem riscos ao utilizá-lo! Veja algumas dicas de como usar o cartão de crédito de forma consciente para não endividar-se.
A primeira ferramenta similar ao cartão de crédito que conhecemos hoje surgiu nos Estados Unidos, na década de 1920 e só era concedido aos clientes mais fiéis do estabelecimento, sobretudo em rede de hotéis (para compras dentro das dependências) e empresas petrolíferas.
Mas foi em 1950 que a ideia se expandiu para outros segmentos, começando por restaurantes. Com o passar do tempo, os bancos, munidos de grande capacidade de investimentos, o adotaram em seu plano de negócios e foram criadas as bandeiras que conhecemos hoje.
Seu grande atrativo é a chance de adquirir um bem ou serviço sem a necessidade de possuir o valor total no momento, podendo parcelar o pagamento em várias vezes (sejam elas com juros ou não). Entenda melhor como funciona:
Como funciona o cartão de crédito?
O cartão de crédito é um instrumento que permite que você pague compras e serviços sem precisar gastar seu dinheiro no instante imediato da compra ou da contratação. É claro que, quem utilizou o cartão de crédito terá que pagar a conta, devolvendo esse dinheiro que usou e que não era seu. Isso significa que toda e qualquer despesa contraída por meio do cartão de crédito deverá ser paga.
Mensalmente, você receberá uma fatura com todos os gastos que realizou no período. Se pagar o valor total da fatura, dentro do prazo de vencimento, não serão cobrados juros, porém se você deixar de quitar, ou não pagar o valor total da fatura até o vencimento, terá que pagar juros por isso.
Isso porque os juros funcionam como se fossem o “preço” do dinheiro. É a quantia extra em dinheiro, além do valor que tomou de crédito, que você paga para alguém, normalmente para um banco ou financeira, que lhe empresta o dinheiro quando você não o tem.
É permitido pelas operadoras de cartão de crédito que você pague a fatura parcialmente, acima de um mínimo estabelecido e abaixo do valor total. Porém, tome muito cuidado. Optar por pagar qualquer valor diferente do total da sua fatura é assumir que o restante do valor você usou como empréstimo pré-aprovado.
A operadora do cartão cobrará juros sobre o valor que você ficou devendo, e será como se todas suas compras e serviços tivessem custado muito mais caro, pois esses juros são altos.
Seu maior atrativo é, de longe, a possibilidade de adquirir um produto ou serviço sem precisar possuir o valor total no momento da compra. Mas ele pode acabar se tornando um inimigo de suas finanças. Veja como prevenir-se de endividamentos, no próximo tópico.
Como utilizar o cartão de crédito de forma consciente?
- Sempre que possível, compre à vista e com desconto: você gasta o que já tem e não cria uma dívida;
- Se for dividir em prestações, faça-o até o número de vezes em que não incidam juros;
- Pague sempre o valor total da fatura, e sempre em dia;
- Na escolha da operadora do cartão de crédito, procure uma que não cobre anuidade pelo serviço prestado e que cobre a menor taxa de juros, caso você necessite pagar menos que o total da fatura;
- Anote seus gastos feitos com o cartão de crédito e acompanhe-os para não exceder sua capacidade de pagamento. É comum não percebermos o quanto gastamos quando usamos o cartão de crédito, uma vez que o dinheiro não sai imediatamente da sua conta. Todos os gastos realizados durante o mês, sejam eles grandes ou pequenos, serão cobrados de você de uma única vez, na fatura mensal;
- Controle principalmente as compras parceladas, pois é comum esquecermos que, além das compras do mês corrente, a fatura terá parcelas de compras feitas em alguns meses anteriores, e acabamos gastando mais do que podemos pagar;
- Acima de tudo: evite o consumismo! Compre o necessário, diminua as aquisições supérfluas, evite compras por impulso e proteja-se das propagandas que incentivam o gasto desmedido.
- Evite ter muitos cartões: fica mais difícil organizar-se e acompanhar as parcelas/taxas.
- Atente-se às cobranças em débito automático.
- Jamais conte com o limite do cartão como uma renda extra.
Fonte: Banco Central do Brasil